terça-feira, 13 de março de 2007

A DUPLA DINÂMICA DO JOOST

Ontem tive certeza de que realmente vale a pena amontoar dezenas de revistas na prateleira da biblioteca. Explico: bastou eu encontrar a entrevista com o Niklas Zennström na Veja para eu me empolgar, sentar no chão e encarar a pilha dos periódicos semanais em busca de toda e qualquer notícia que citasse o nome “Joost”. Após duas horas me dei conta de que eu havia encontrado muito mais do que achei que encontraria sobre o programa – o que foi ótimo!

Ah, e o mais bacana sobre essa minha pesquisa “bibliográfica” foi perceber que apesar de o Joost ainda estar na versão Beta (fase de testes), o nível de informações sobre o mesmo é crescente e não mais está restrito à mídia on-line.

A mídia impressa também tem se mostrado interessada em anunciar a novidade o mais rápido possível. Primeiro divulgaram pequenas notas nas sessões de tecnologia e informática, depois a coisa foi melhorando e as notícias sobre o novo programa passaram a ocupar meia-página, agora a divulgação anda de vento em polpa: com matérias e entrevistas de até 3 páginas recheadas de informações detalhadas vindas direto da fonte. Ou melhor, das fontes, no plural mesmo. Já que Niklas Zennström e Janus Friis são”apenas” a ponta do Iceberg. Tem muito mais pessoas envolvidas no projeto, tais como:


ü Allan Beaufour
ü Andrea Campi
ü Antoine Quint
ü Benjamin Francisoud
ü Colm MacCarthaigh
ü Dan Brickley
ü Garrett Rooney
ü Gianugo Rabellino
ü Gimena Gomez Paz
ü Henrik Werdelin
ü Janus Friis
ü Jean-Baptiste Quenot
ü Leo Simons
ü Libby Miller
ü Ludovic Hirlimann
ü Mat Hall
ü Sander van Zoest
ü Stéphane Bailliez
ü Sylvain Wallez
ü Tatiana de la O
ü Thibault Cantegrel
ü Torsten Curdt
ü Ugo Cei

No blog oficial do Joost, que - caso você ainda não saiba - é esse aí ó:http://www.joost.com/blog/ todos os nomes dos profissionais colaboradores foram devidamente citados, assim como seus respectivos blogs, através dos quais você poderá saber um pouco mais sobre a vida e a função de cada um deles no projeto.

Da esq. para a dir. Niklas e Janus


Curiosamente só não encontrei os blogs do Niklas e do Janus, mas a revista Época de 15 de fevereiro de 2007 me ajudou a compreender a trajetória dessa dupla dinâmica líder da equipe Joost. Aqui está (na íntegra) o trecho dedicado a eles:

“A trajetória de Zennström e Friis é um pouco diferente da dos empreendedores que desbravaram a internet, nos anos 90. Em vez de sair da faculdade direto para a aventura da internet, os dois trabalharam durante anos como funcionários de empresas já estabelecidas antes de apostar em suas veias inovadoras. Também não abriram sua empresa pontocom na garagem de casa, como Bill Gates e Paul Allen (Microsoft), Larry Page e Sergei Brin (Google) e Steve Jobs e Steve Wozniak (Apple). Usaram a cozinha do apartamento em que Zennström vivia com a mulher, Anna.

Filho de um casal de professores de Estocolmo, Zennström se formou em Administração e Física. Seu primeiro emprego foi na Tele2, uma empresa de telecomunicações sueca, em 1991. Três anos depois, foi aos Estados Unidos trabalhar na AT&T, na época a maior empresa de telefonia do mundo. Em 1998, foi chamado de volta pela Tele2 para comandar a filial da empresa na Dinamarca. Lá, ele conheceu Friis, que trabalhava na área de manutenção. Ao contrário de Zennström, Friis largou o colégio para trabalhar. Não fez faculdade. Começou a carreira na área de assistência técnica do CyberCity, um provedor dinamarquês de acesso à internet. Passou por outras duas empresas pequenas até ser contratado pela Tele2. Em alguns projetos trabalhou com Zennström. E os dois tornaram-se amigos de todas as horas.

Em janeiro de 2000, Zennström e Friis pediram demissão para se arriscar s na onda da internet. Mudaram-se para Amsterdã, na Holanda, e abriram uma empresa de criação de sites. Como muitos pequenos empresários, tiveram de fechar o negócio na primeira crise da internet, em maio de 2000. Foi quando a dupla teve a idéia de criar uma alternativa ao Napster, o site americano que foi pioneiro na troca de arquivos de música pela internet sem pagamento de direitos autorais. Nascia o KaZaA. O software se tornou um dos maiores sucessos da web, com 400 milhões de downloads em pouco mais de dois anos. Mas os problemas com a pirataria obrigaram Zennström e Friis a vender o site em 2002, para a empresa americana Sherman Networks. Ninguém sabe quanto eles ganharam nessa operação. Mas foi suficiente para criar o Skype.

Em pouco tempo, o Skype se tornou um fenômeno. Em outubro de 2005, com pouco mais de 100 milhões de usuários, foi vendido ao site de leilões eBay por US$ 2,6 bilhões. Zennström e Friis ficaram bilionários. No mês seguinte, começaram a tocar o Projeto Veneza, o embrião do que hoje é o Joost. Se repetir a tradição, a dupla que veio do frio tornará a TV pela web um negócio maior que o Skype. "Há cada vez mais usuários de banda larga e opções de entretenimento na rede. Faltava trazer a televisão", disse Zennström. "Alguém tinha de agarrar essa oportunidade."

Zennström e Friis têm papéis complementares em seus negócios. Zennström é quem põe o terno para conseguir investidores e administrar o dia-a-dia dos negócios. Já Friis, sempre vestido de calça jeans e camisetas de manga comprida, é o cérebro criativo da dupla. Numa recente reunião em Nova York para apresentar o Joost a investidores, Zennström explicava à platéia como funcionava o modelo de negócios e Friis interrompia a reunião para mostrar as inovações do produto. Zennström tem um discurso formal. Já Friis abre a boca para soltar frases como "legal, né?" durante as apresentações. "Eles formam uma dupla muito sintonizada", afirma Ray Lane, sócio da Kleiner Perkins Caufield & Byers, uma das maiores empresas de investimentos do Vale do Silício. "Já mostraram ao mundo da tecnologia do que são capazes."

Além do talento, Zennström e Friis têm sorte. Na semana passada, ganharam um apoio relevante: num discurso realizado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Bill Gates, o homem mais rico do mundo, previu que os telespectadores vão abandonar a TV convencional e migrar para a internet. "A programação fixa e os comerciais genéricos que interrompem os programas estão com os dias contados", disse Gates a uma platéia de atentos homens de negócios vestidos com ternos escuros. "Daqui a cinco anos, todos vão rir do que vemos hoje na TV." Será que a Microsoft já pensa em comprar o Joost?”


Será??????????????

Nicole Louise


Fontes:


Revista Época, 15 de fevereiro de 2007, p. 62.

Nenhum comentário: